quarta-feira, 8 de junho de 2016

Repórter é ofendida ao vivo e interrompe entrevista para dar resposta!

Repórter do jornal EXTRA é ofendida ao vivo em entrevista. O ocorrido a fez parar a matéria para dar uma resposta ao indivíduo que a agrediu com palavras de forma ofensiva.

O rapaz a chamou de gorda, leitoa e outros nomes!

Não conseguiu esperar um outro momento oportuno e em meio ao seu trabalho, ao vivo mesmo, solicitou para sua convidada uma licença e mandou logo a resposta:
“Gordo não é ofensa. Isso aqui é só embalagem. Falta de caráter é pior do que gordura”,

(Fonte:: http://extra.globo.com/noticias/brasil/reporter-do-extra-vitima-de-gordofobia-interrompe-entrevista-ao-vivo-para-desabafo-19465036.html#ixzz4B1qZZlKj)


Após o ocorrido, Samanta publicou uma nota em sua rede social (Facebook), que transcrevemos abaixo:



"Samanta Vicentini


hoje aconteceu um negócio meio chato, então eu queria contar uma historinha.
um cara me chamou de "gorda", "gorducha", "leitoa" e ainda completou com "odeio gorda" e "sou gordofóbico", enquanto eu entrevistava uma convidada em uma das transmissões ao vivo que faço no Jornal Extra. 
foi a primeira vez que isso aconteceu e confesso que fiquei sem reação na hora. 
mas, vem cá. eu sei que sou gorda, sabe? tenho espelho em casa. eu sei o tamanho de roupa que uso. sou uma mulher de1,80 e sei que não sou pequena e estou longe de ser "Gisele.".
por um segundo eu me importei, confesso. fiquei triste, sim, apesar de saber que sou gorda, mas isso é uma característica do meu corpo, não define quem eu sou. 
massss, eu tenho um sério problema de autoestima e isso mexeu comigo.
porque é assim: eu sou gorda mas isso só tem que incomodar EXCLUSIVAMENTE a mim, sabe por quê? é o MEU corpo. EU que tenho que falar dele quando e como EU quiser. 
aí, naquele segundo em que fiquei triste, me senti ridícula. me senti inapropriada e toda aquela insegurança que me perseguia - e que sempre lutei contra - afloraram. no segundo seguinte me dei conta de onde estava e o que estava fazendo. porra, meu trabalho é legal pra caralho! todos os dias recebo um montão de mensagens de leitores do Extra que falam que as entrevistas são legais, que são esclarecedoras, que as pautas são bacanas. imediatamente vários leitores que estavam acompanhando entraram em minha defesa com muito carinho. e, por isso, eu agradeço de coração.
eu tinha duas opções: ficar quieta e ignorar ou dar uma leve pausa na transmissão e responder ao vivo. 
se tem uma coisa que o feminismo me ensinou é: não ficar calada. sabe por quê? porque eu não estou sozinha. eu pedi licença para a minha convidada e falei o que eu acho, que foi mais ou menos o que escrevi acima, mas de forma resumida. 
e o jogo seguiu e a entrevista foi superlegal!

pode me chamar de gorda à vontade. isso é só o meu corpo e eu sei que, por enquanto, ele é gordo mesmo, mas eu posso emagrecer. agora, pra falta de caráter, ainda não inventaram remédio."


Você seguidora, já passou por isso? Como reagiu?
Nós já passamos também por maus bocados, mas em geral não chega aos ouvidos de outras pessoas.
É interessante nessa situação e ao mesmo tempo triste, perceber que isso acontece com a maioria das pessoas que estão acima do peso, sendo pessoas que têm ou não fama, posição social privilegiada... ou seja, todos estamos à mercê desse tipo de falta de respeito!
Nós apoiamos a reação da repórter, pois além de ser uma pessoa que nos representou em defesa e aceitação do ser humano independente de condição física, o fez como faríamos também, responder com o respeito, aquele que aprendemos em casa, com nossos pais, nas escolas com os professores e que estes também deveriam ter aprendido. 
Talvez essa seja a palavra do momento: RESPEITO. Apenas isso.

Leia a matéria na integra com imagens:

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