Hoje no CWB Plus Size vou tratar de um
assunto que se tornou pauta de muitos veículos de comunicação na última década
e que certamente é do interesse das nossas leitoras, em especial as que já têm
filhos: o Bullying. Caso alguém ainda não tenha ouvido falar, bullying é a
definição para qualquer comportamento agressivo de um aluno ou um grupo de alunos
para um ou mais colegas específicos e que se repita frequentemente. Sabe quando
um aluno é apelidado, agredido ou ameaçado quase todos os dias por colegas mais
populares ou mais fortes? Isso é bullying.
Antes da década de 2000, o assunto não
tinha muita evidência. Hoje em dia, pelo contrário, parece ser até supervalorizado
pela sociedade, sendo responsabilizado por quase tudo de mal que acontece às crianças
na escola. O bullying já está se tornando bode expiatório para pais
desinteressados e escolas despreparadas, ou seja, está levando culpa demais.
Mas isso não quer dizer que ele não seja um assunto sério.
Cena do filme "Bullying - Provocação sem Limites", de 2009.
De acordo com a psicóloga Daisy Neves, que
trabalha no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e
estudou o bullying como tema central do seu projeto de Pós-Graduação em
Psicopedagogia, o jovem que sofre com essa situação pode sentir consequências
pro resto da vida. “a criança se sente valendo menos que os outros, frustrada.
Isso pode desenvolver uma insegurança que vai ser vista também durante sua vida
adulta”.
Não há o que questionar: bullying é um
problema que gera outros problemas. O que normalmente está errado é a forma de encará-lo.
Muitos pais, por falta de tempo, simplesmente ignoram o caso, culpam a escola
ou mandam seus filhos a psicanalistas e psiquiatras, esperando que essa atitude
por si só resolva tudo. As escolas, por sua vez, enfrentam diversos outros problemas,
como falta de recursos quando a escola é pública e a contratação de professores
capacitados quando é particular, e por isso dificilmente conseguem dar a
atenção necessária para o bullying.
Mas, segundo Daisy, é necessária uma
atitude de ambos os lados. “os professores precisam prestar atenção,
principalmente na hora do intervalo, quando todos os colegas estão juntos e
interagindo. Depois de identificar o problema, o professor deve tentar
resolvê-lo junto aos pais e psicopedagogos caso a escola tenha algum”, explica.
A função dos pais, nesse caso, é dar apoio à auto-estima do filho que sofre de
bullying. “É importante incluir a criança em outros grupos, colocando-o em
alguma atividade diferente, como por exemplo um esporte”, aconselha. Os pais de
filhos que praticam bullying também devem agir, buscando as causas daquela
atitude e explicando que isso é errado.
Em um caso específico de bullying em
pessoas acima do peso, a criança pode sentir-se incapaz de emagrecer. Para estimulá-la,
os pais devem dar exemplos de atitudes saudáveis no seu próprio dia-a-dia. “Trabalhei
em um caso em que toda a família mudou os hábitos alimentares e começou a
praticar atividades físicas para ajudar a criança”, conta Daisy. Pais que se
esforçam para ajudar o filho e se interessam em participar da sua vida têm a
chance de reverter os efeitos do bullying, permitindo um desenvolvimento mais
saudável dos filhos. Uma atitude de pais e de escolas juntos, sem que nenhum
dos lados fuja da responsabilidade e nem deixe a criança desestimulada a agir
de forma positiva é a melhor solução.
Entrevista: Jéssica Luisa Teixeira
Texto: Leonardo Schenato Barroso
E você, leitor do Curitiba Plus Size, já sofreu com esse tipo de situação ou já presenciou alguém sofrendo? Gostaríamos dos seus relatos! =)
E você, leitor do Curitiba Plus Size, já sofreu com esse tipo de situação ou já presenciou alguém sofrendo? Gostaríamos dos seus relatos! =)
amei seu blog linda bjks
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